segunda-feira, fevereiro 14, 2011

O drama das crianças

O "drama" da criança E2

A criança E2 sentiu-se abandonada, por exemplo, devido a necessidade que sua mãe tinha de trabalhar para ajudar no sustento da casa. Ela sentia muita dor ao ser abandonada mas, ao mesmo tempo tinha a sensação que sua mãe sentia prazer com o seu desespero. Podemos quase assegurar que a mãe não faria isso por crueldade, muito pelo contrário. Seu prazer vinha em sentir a força do sentimento do filho por ela e da validação emocional que isso proporcionava a ela. Assim dá para entender que a criança E2 não só é autorizada como incentivada a demonstrar seus sentimentos.

Acontece que, crescendo assim, em algum momento, já com 5 ou 6 anos, esta criança tem alguma "explosão" emocional com a mãe. Nesse momento, a mãe transmitiu ter sentido tanta dor que a criança sentiu um surto de medo e culpa que a levou a reprimir sua tristeza e sua necessidade profunda de intimidade. O que os E2 sentem particularmente difícil é reconciliar a imagem de uma mãe "guerreira" que lhes deu liberdade com a da rival que sentia ameaçada pela criança. Em muitos casos, a criança busca atenção e tratamento especiais do "pai" de sexo oposto, para não parecer ameaçadora ao "pai" de mesmo sexo. Assim, tratar-se com o mesmo carinho e, gostar de si como gosta de criança, parece ser um bom caminho para os E2.


O "drama" da criança E3

No caso da criança E3 o drama vem do completo desdém pelos sentimentos, necessidades e expectativas da criança. Mais especificamente, o ambiente emocional da criança E3 não permite autonomia emocional. A criança é encorajada a abandonar suas mais profundas necessidades em troca das necessidades e expectativas dos pais. Isto é feito convencendo a criança E3 de que ela não está abrindo mão de nada porque, os valores que se espera que ela aceite e absorva são retratados como "o melhor" que qualquer pessoa pode humanamente desejar. Comprimida desta maneira, a 'máscara" gruda tão firmemente durante o desenvolvimento da criança que cria um falso "eu".

Apesar da rejeição de necessidades e sentimentos, esse processo de compressão deixa a força vital, o "grito primitivo" intacto! Esta força só pode ser controlada por uma despersonalização defensiva que separa o "eu" daquilo que é sentido no fundo do ser. Enquanto se despersonaliza para não sentir a verdade, a adaptação do E3 conduz ao engodo de aceitar sua própria realização, com base em uma realidade imposta por outros. A força coesiva dessa cilada é tão grande que, muitas vezes, os E3 nem percebem a diferença entre o que eles realmente querem e o que eles pensam que querem. Eles enganam a si mesmos antes de enganarem os outros!

Para contrabalançar o desdém que sofreram, os E3 precisam se convencer que seu maior sucesso está em conquistarem a si mesmos. Deixar sua criança interior enxergar com seus próprios olhos e falar com sua própria voz é um enorme desafio para os E3 mas pode ser a única maneira de resgatar seu mundo interior.
 
 
O "drama" da criança E5

A criança E5 normalmente recebeu muito. Recebeu o que os adultos queriam que ela recebesse e não o que ela queria. Assim ela teve a sensação de não ter recebido o suficiente e, ao mesmo tempo, seu ambiente a condenava quando ela ousava pedir mais. A criança percebeu claramente a mensagem de que, fosse o que fosse que ela estivesse recebendo, já era muito. Essa sensação "quebrou" o instinto de expansão da criança, forçando-a a proteger seu "eu" mais vital trazendo-o para trás de um muro de silêncio e frieza.

A criança, carente, além de ser silenciada e obrigada a abrir mão da esperança de ser amada, sente-se compelida também a renunciar aos seus próprios sentimentos porque, caso contrário sua sobrevivência pode ser ameaçada.

Como o instinto de expansão nunca pode ser completamente aniquilado, a necessidade de encontrar um lugar onde ela possa finalmente expressar-se motiva a busca, ao longo da vida do E5, pelo seu "paraíso". Encontrar alguém digno de confiança, para poder acessar seu santuário secreto mais profundo, pode ser um caminho para alguns E5.


Fonte: http://www.fredport.com/enea.htm

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Estereótipos

Os perigos óbvios de estereotipar através do eneatipo surgem quando a pessoa que está estudando ou usando o sistema atribui características a uma pessoa apenas por ela ser de determinado tipo. Aqui estão algumas presunções que podem ser um problema:

. Presumir que uma característica particular de um tipo se aplica a todos aqueles do mesmo tipo – você gostaria de ter alguém tentando lhe dizer quem você é sem realmente tirar um tempo para lhe conhecer?

. Presumir que a pessoa é limitada pelo seu tipo – você se sentiria confortável de ser avaliado para um emprego baseado somente no seu tipo?

. Presumir que o sistema de eneatipo é completo e absoluto – nem mesmo os chamados experts no assunto conseguem concordar nos tipos de pessoas famosas.


As presunções acima foram baseadas na maneira como os outros nos vêem, mas e quanto a maneira como um estereótipo afeta como olhamos para nós mesmos? O que pode acontecer se nos identificarmos de forma muito próxima com os nossos tipos?

. Usar seu tipo como uma desculpa – não consigo evitar ser desse jeito porque sou do tipo tal.

. Tentar não ser o seu tipo – eu tenho que tentar não ser do tipo tal porque esse é o meu caminho para um estado saudável.

. Profecia auto-realizadora do eneatipo – você começa a ver certas características em si mesmo que não eram reconhecíveis antes talvez porque elas não estivessem lá.

. Trabalhar em seus problemas baseando-se somente no seu tipo
- e se você foi tipificado erroneamente?
- e se aqueles problemas não são seus, e sim uma lista generalizada para um estereótipo?
- o que as pessoas que apresentam tais listas de problemas realmente sabem?
- e se trabalhar nesses problemas trouxer mais malefícios do que benefícios?


Fonte: http://davesenneagram.com/
Tradução: Mari Oliveira

sábado, fevereiro 05, 2011

Estereótipos

Estereótipos do Eneagrama - Três são falsos

Os Tipo Três parecem ganhar uma má reputação devido à sua habilidade de camaleões de assumir a identidade valorizada por qualquer que seja o grupo do qual estejam tentando fazer parte. Eu gostaria de ressaltar duas coisas sobre isso:

  1. A visão de que isso é falso não leva em conta a perspectiva do Tipo Três.
  2. Ser você mesmo não exige que você seja a mesma pessoa em todas as situações e circunstâncias.

Para assumir uma identidade valorizada pelo grupo, tudo o que você precisa é se vestir para o papel. Quando em um ambiente de negócios, coloque o terno e represente o executivo. Quando em um canteiro de obras, gaste até o fim as ferramentas para não parecer um amador. Cada grupo tem seu próprio jeito de falar, agir e pensar.

Não parece falsidade quando você olha em volta, vê o que pede a situação e simplesmente adapta-se para fazer parte. É uma habilidade importante para aprender quando se está indo para entrevistas de emprego, convivendo com pessoas, e em geral aprendendo como vender-se a fim de chegar aonde se quer chegar na vida.

Entretanto, algumas pessoas acreditam que você deve permanecer autêntico de alguma maneira – que simplesmente adaptando sua auto-apresentação para melhor se encaixar à situação em que você se encontra ou às pessoas com que você está significa que você está de alguma maneira traindo seu eu verdadeiro e sendo falso. Existem momentos em que você pode querer ser verdadeiro com sua própria individualidade e outros momentos em que você pode precisar se adaptar ao coletivo.

Tudo isso dito, o perigo entra quando a auto-apresentação vai além da realidade (por exemplo, deturpar suas capacidades e experiência), é aí que a falsidade pode aparecer. Apresentar-se favorecidamente não é em si mesmo enganador, é ir longe demais com isso que o é. 

Tradução: Ju Bortolini

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Tipo Seis

Tipo SEIS: O Legalista


Reconhecendo SEIS:


O Tipo Seis exemplifica o desejo de criar um ambiente seguro e estável, de cooperar e criar com os outros, e de estar adequadamente preparado para as várias dificuldades que a vida apresenta. Seis são meticulosos, disciplinados e perseverantes. São bons com detalhes e têm um talento para ver problemas em potencial e lidar com eles antes que os problemas saiam de controle. Eles organizam recursos, priorizam tarefas, e levam a cabo projetos. Seis não são necessariamente pessoas gregárias, mas eles gostam do sentimento de “pertencer” a algum lugar – de ser parte de algo maior que eles mesmos. Eles gostam de ser úteis e realmente querem contribuir para o mundo. Eles trazem confiabilidade, responsabilidade, trabalho duro, e um senso de honra para todos os seus assuntos. Eles se aproximam dos outros como se dissessem: “Estou aqui para você. Você pode contar comigo.”


Seis fazem o possível para serem consistentes e responsáveis, mas são muitas vezes perturbados por um fundo de dúvida e ansiedade. Na verdade, Seis muitas vezes parecem um pouco nervosos e inquietos em geral. Eles vivem em um estado de preocupação – e eles encontram algo para com que se preocupar. Muitas vezes eles “esquadrinham” suas redondezas por problemas, esperando que algo negativo aconteça a qualquer momento. Conseqüentemente, eles são usualmente cuidadosos com o manejo de seus assuntos, e geralmente cautelosos nas suas relações com os outros. Ao mesmo tempo, eles estão sempre na espera de alguém em quem possam confiar, alguém com quem possam contar. Por levar a eles um tempo para se sentirem confiantes que alguém está realmente do seu lado, Seis irão as vezes “testar” as pessoas, provocando-as de alguma maneira para ver como elas irão reagir. Uma vez que tenham decidido que alguém passou no teste, quase não há limite para sua lealdade ou para os sacrifícios que os Seis farão pela pessoa em quem confiam.

Seis sabem que, uma vez que se comprometem com uma coisa, eles o fazem 100%. Eles acham difícil deixar um relacionamento uma vez que tenham começado a confiar e a contar com alguém. Assim, eles querem ter certeza de que estão colocando suas energias em alguém que estará presente para eles consistentemente. Uma vez que tenham estabelecido um relacionamento sólido, mostram sua confiança e afeto apoiando a outra pessoa de todas as maneiras que podem, principalmente sendo eles mesmos fiéis e de confiança.

Um sinal de que Seis têm problemas com confiança é que eles se aproximam dos outros com uma simpatia sincera, mas cautelosa. Quando Seis estão relaxados, têm um talento natural para engajar as pessoas e encontrar interesses comuns. Muitas vezes, eles fazem com que os outros gostem deles brincando e zombando, e através de outras formas de ligações físicas e sociais. Eles querem encontrar coisas familiares sobre as pessoas e a que eles possam se relacionar – procurando por interesses e experiências comuns que seriam a base da confiança. Eles tendem a ficar nervosos em situações nas quais eles não sabem onde os outros se situam – onde existem incógnitas demais, muitos elementos desconhecidos.

Fundamentalmente, Seis estão procurando por alguém para confiar porque não confiam de verdade em si mesmos. Eles não têm muita fé em si mesmos e em suas próprias habilidades, por isso procuram em uma pessoa, um trabalho, uma figura de autoridade, ou um sistema de crenças de algum tipo, por orientação e segurança. No entanto, isso não resolve sua insegurança, a longo prazo, pois quanto mais os Seis dependerem de outros para sua confiança, mais inseguros se tornarão e mais duvidarão de si mesmos. Eles continuaram revezando entre depender dos outros e tentar provar que são fortes e independentes.

Alguns Seis tendem a sucumbir à sua ansiedade mais freqüentemente, sentindo-se temerosos, ansiosos, dependentes, e abertamente buscando apoio dos outros. Estes são chamados “Seis fóbicos”. Outros Seis são mais inclinados a lançar-se impulsivamente em atividades conectadas com seus medos – como uma pessoa com medo de altura que decide dedicar-se à escalada de montanhas, ou uma pessoa que teme figuras de autoridade tornar-se um porta-voz de um grupo contra instituições oficiais. Estes são chamados “Seis contrafóbicos”. Na verdade, todos os Seis têm tanto os aspectos fóbicos quanto os contrafóbicos, e eles expressam suas diferentes respostas em diferentes áreas de suas vidas. Uma Seis pode ser fóbica acerca de seu chefe, por exemplo, mas se comportar contrafobicamente com seu marido.

Em breve, Seis querem ter segurança, sentirem-se apoiados pelos outros, terem certeza e tranqüilizar-se, testarem as atitudes dos outros em relação a eles, lutarem contra ansiedade e insegurança, e fazerem com que tudo seja previsível, como uma maneira de defender o ego de ameaças do ambiente. Seis não querem se sentir abandonados, terem incertezas, terem expectativas contraditórias colocadas sobre eles, sentirem-se pressionados, terem que aceitar novas idéias rapidamente, trabalharem com pessoas que em sua opinião não fazem sua parte, ou terem seus sistemas de segurança e crenças questionados, especialmente por alguém que eles vejam como um estranho.

Seu Lado Oculto
Seis parecem ser pessoas altamente organizadas e responsáveis e podem muitas vezes assemelhar-se a Uns. Mas o problema oculto é que Seis estão tentando acalmar suas ansiedades internas tentando fazer com que seu mundo externo seja livre de preocupações e previsível. É claro, isso é, em última instância, uma tarefa impossível, mas mesmo assim Seis normalmente perseveram no empenho de tornar seu mundo seguro de perigo e infortúnios.

 A verdadeira fonte de ansiedade em Seis é interna e é perpetuada por seus pensamentos constantemente em voltas. Em resumo, Seis não conseguem parar de ficar questionando suas ações, duvidando do que sabem e consultando o que se soma em um “comitê interno” de vozes contrárias (“Será que eu levei a conta de eletricidade esta manhã? Sim. Eu acho que sim. Ótimo. Mas o que foi que eu esqueci. Ah sim! Era para eu ter ligado para a Maggie sobre o almoço de amanhã. Ela ficará tão braba comigo. Será que eu deveria ligar para ela agora ou é muito tarde?”) Com suas mentes aceleradas em um estado hipervigilantes é quase impossível para os Seis relaxarem para que possam então perceber claramente como tomar conta dos reais desafios que eles precisam visar em qualquer determinado momento.  O que Seis realmente precisam é de mais tranqüilidade interna. Eles precisam cultivar um sentimento de paz e calma interna que lhes permita ver e lidar com a realidade mais claramente.

Questões de Relacionamento
Seis podem ser confusos para os outros (e para si mesmos) em relacionamentos porque eles parecem tão mutáveis e imprevisíveis. Em um momento, se sentem nervosos e querem ser tranqüilizados de que seu parceiro está realmente presente para eles. Eles querem saber que a outra pessoa está próxima e disponível. No momento seguinte, podem facilmente sentir-se sufocados ou oprimidos por seu parceiro e desejar criar alguma distância no relacionamento. Momentos depois, eles estão buscando por garantia de que não foram longe demais em sua independência. Em suma, Seis estão em busca do que os psicólogos chamam de “distância ótima”. Eles querem manter seus amados próximos o suficiente para que não se sintam abandonados, mas não tão próximos que se sintam tragados pela outra pessoa. Questões de relacionamento para os Seis incluem as seguintes:
• Testar a outra pessoa para ver se ele ou ela permanecerá;
• Comprometer-se demais, fazendo com que os Seis sintam-se pressionados e sejam explorados;
 Fechar-se “como uma ostra” e não expressar sentimentos ou desafogar uma corrente de ansiedades;
• Alternar entre sentir-se dependente e carente em um extremo e sentir-se desafiador e rebelde no outro – operando “quente ou frio”;
  Tornar-se facilmente suspeito, reflexivamente duvidando da boa vontade dos outros em relação a eles;
 Culpar as pessoas pelas ansiedades do próprio Seis e projetar emoções negativas nos outros.

A Paixão: Ansiedade
A paixão dos Seis é muitas vezes descrita como medo, mas medo é uma resposta orgânica a um perigo real em nosso ambiente. Ansiedade, por outro lado, é a antecipação de um perigo ou um problema. É um sentimento de pavor e uma capacidade de continuamente conjurar cenários de pior hipótese em nossa imaginação. Assim, Seis estão habitualmente na guarda por potenciais desastres, com o resultado de que suas mentes estão sempre agitadas. Em última instância, isso pode deixá-los menos preparados para lidar com problemas reais, pois eles estão se fazendo temerosos imaginando o que poderia dar errado. Quanto mais ansiosos os Seis se tornam, mais suas mentes se tornam acesas, e menos eles são capazes de acessar o conhecimento tranqüilo, interno, que lhes daria clareza sobre o que fazer. 

A paixão do tipo Seis também pode ser expressa como dúvida. Seis raramente confiam em suas próprias mentes, sua própria capacidade de saber, quando estão sob as garras da mente. Eles questionam suas ações, checando novamente contas de matemática que eles têm certeza de que fizeram corretamente, retornando em casa para garantir que trancaram a porta que eles efetivamente lembram-se de ter trancado, e assim por diante. Como vimos, Seis são ansiosos por ter fontes confiáveis de apoio e orientação em suas vidas, sejam elas livros, amigos, conselheiros, filosofias, trabalhos, ou qualquer outra coisa. Mas uma vez que a dúvida se estabelece, Seis duvidam que esses mesmos sistemas de apoio estarão lá para eles. Eles questionam até seus mais ardentes apoiadores a medida que a dúvida dá espaço à suspeita crescente ou até paranóia.

No Seu Melhor
Seis Saudáveis são capazes de extrair respostas emocionais fortes dos outros: eles são cativantes, amigáveis e brincalhões. - pessoas verdadeiramente confiáveis, amáveis. Eles trazem um senso de confiança e camaradagem para seus relacionamentos e tratam todo mundo – inclusive eles mesmos – como iguais. Eles são fortemente comprometidos e leais às pessoas em suas vidas, e eles trabalharão duro para construir estabilidade, segurança e prosperidade em seu lar, trabalho e comunidade. Seis Saudáveis são a fundação de qualquer sociedade. Eles acreditam em cooperação e objetivos compartilhados, ajudando a organizar pessoas e combater problemas. Eles trazem uma abordagem democrática para suas relações com os outros e lutarão pelos impotentes e privados de direitos como o fariam por si mesmos.

Seis altamente funcionais tornam-se confiantes em si mesmos e assertivos. Acreditam em si mesmos e aprenderam a contar com eles próprios e a serem independentes porque sabem que estão profundamente fundamentados no apoio ilimitado do Ser, Fé nesse apoio interno e sentimento de orientação leva a uma atitude positiva, afirmadora da vida, muitas vezes manifestando-se como extraordinária coragem e liderança. Seis altamente funcionais combinam um compromisso em ser orientados por seu próprio conhecimento interno com um compromisso em permitir a si mesmos serem levados aonde quer que a verdade os leve. Como resultado, eles podem tornar-se poderosas influências para o bem maior.

Dinâmica de Personalidade e Variações


Sob Stress (Seis vai para Três Médio)
Seis são, muitas vezes, visivelmente nervosos, reagindo com dúvidas de si mesmos à situações e sendo pegos pensando demasiado em um problema. Entretanto, quando o stress aumenta além do nível normal, eles se lançam em ação – e permanecem em ação, tentando lidar com suas ansiedades trabalhando mais. Se, por exemplo, eles se sentem pressionados no trabalho, Seis podem passar seu fim de semana freneticamente fazendo tarefas de jardinagem ou obsessivamente reorganizando os armários como uma maneira de descarregar ou evitar sentimentos de inadequação. Eles também temem deixar os outros saberem o quão oprimido eles estão, por isso podem adotar uma personalidade falsa de competência e eficiência, como Três Médios (“Não se preocupe com nada, eu tenho isso sob controle.”) Focam cada vez mais em tarefas e em serem eficientes ao mesmo tempo em que desligam-se de seus sentimentos para que possam permanecer funcionais, mas isso pode levar a grandes problemas emocionais para eles e para seus relacionamentos.

Segurança (Seis vai para Nove Médio)
Em situações onde Seis sentem-se seguros, eles começam a lidar com o stress simplesmente desligando e se tornando indiferentes às redondezas, como Noves Médios. Eles não querem ser perturbados ou incomodados por pessoas queridas – eles sentem que têm trabalhado duro e experimentam virtualmente qualquer tipo de interação como mais uma fonte de pressão. Eles serão agradáveis um momento, mas podem de repente se tornar teimosamente resistentes, e se fecharem no próximo instante se sentirem que os outros estão exigindo algo deles. Em momentos como esses, Seis se tornam indisponíveis e passivo-agressivos, não querendo responder aos outros ou deixar rotinas confortáveis, mas entorpecentes.

Integração (Seis vai para Nove Saudável)
Á medida que Seis aprendem a confiar mais em si mesmos, também se tornam mais abertos à vida e às outras pessoas. Eles gradualmente aprendem a relaxar sua hipervigilância e simplesmente estar consigo mesmos ou com o que quer que seja que a vida esteja apresentando no momento. Eles ganham uma aceitação mais profunda dos altos e baixos da vida, de modo que eles não estão crivados com pavor e ansiedade. Eles são inclusivos e apóiam os outros – e muito mais em paz. Seis em integração são capazes de deixar suas mentes repousarem em seu estado natural, primitivo, de claridade e tranqüilidade interna. Eles são capazes de parar de questionar todas as suas ações e deixar sua própria sabedoria interna surgir. O resultado é que eles são mais serenos, fundamentados, e alegres – leves e estáveis.


Os Instintos em Breve

Seis Preservacionais: Responsabilidade
Seis Preservacionais encontram sua segurança através de recursos de salvaguarda – dinheiro, comida, propriedade, abrigo, e assim pordiante – e tendem a preocupar-se cronicamente com essas coisas. ( “Essas contas foram pagas?” “Os freios do carro foram checados recentemente?” “Temos seguro suficiente?”) Eles se importam muito com segurança e economia. De fato, Seis Preservacionais sentem-se mais seguros quando são responsáveis pelos assuntos financeiros, e acreditam que sua administração efetiva desses assuntos é algo que eles podem contribuir. Entretanto, quando estão menos seguros, eles não confiam que os outros sejam responsáveis. Eles precisam ser constantemente informados, se não completamente no controle, dos assuntos práticos que os afetam. Seis Preservacionais podem ser engraçados e amigáveis e querem estar envolvidos e engajados, mas têm dificuldade em relaxar, principalmente ao redor de estranhos. Eles são mais introvertidos e mais propensos a serem solitários do que outros Seis. Quando mais estressados, eles podem permancer em situações punitivas por mais tempo (empregos ruins, casamentos ruins) ou se tornarem preocupados em manter o controle de recursos, como um Oito menos saudável.

Seis Sexuais: Vulnerabilidade Vivaz
Seis Sexuais obtêm seu senso de segurança principalmente de seu vínculo emocional com um parceiro. Mas eles também têm muitas dúvidas, tanto sobre sua própria habilidade de ter um parceiro adequado quanto sobre a capacidade ou boa vontade do parceiro de realmente estar presente para eles. Seis Sexuais muitas vezes manifestam uma tensão entre seus papéis sexuais: eles são tanto masculinos quanto femininos, “macho” e “coquettish”. Além disso, Seis Sexuais mulheres têm um lado duro, “menina moleque”, mas ainda passam uma impressão feminina. Da mesma maneira, os homens dessa Variante apresentam sensibilidade e vulnerabilidade mesmo sendo essencialmente masculinos. Seis Sexuais também tendem a ser emocionalmente intensos, como Oitos e Quatros. Parte disso vem da ansiedade sobre sua habilidade de manter um parceiro forte, capaz. Assim, Seis Sexuais tentam cultivar seus atributos masculinos ou femininos a fim de encontrar um bom parceiro e, depois, para manterem-se atrativos para essa pessoa. Muitas vezes, eles se sentem mais confortáveis se relacionando com membros do sexo oposto e podem sentir-se competitivos com o mesmo sexo. Eles também tendem a testar seus amados para ver se são fortes o suficiente e para ter certeza de que eles estão realmente comprometidos com o relacionamento. Quando estão mais estressados, Seis Sexuais podem ser mais emocionalmente voláteis, com seus sentimentos em relação às pessoas mudando fortemente e de repente.

Seis Sociais: Gerando Apoio
Seis Sociais buscam segurança na esfera social – isto é, através de suas afiliações com diferentes pessoas e organizações. Eles são calorosos, cativantes e engraçados, tentando emitir a mensagem de que são acessíveis e seguros. Eles gostam de recrutar as pessoas, envolvendo os outros em atividades ou projetos que acreditam que valem a pena. Seis Sociais frequentemente se voluntariam para trabalhar em grupos e comissões. Eles não necessariamente gostam de fazer isso, mas o vêem como necessário e, portanto, estão dispostos a doar seu tempo e energia. Eles querem ser considerados rapazes ou moçs normais e podem ter dificuldade em tomar posições que os fariam impopulares entre seus pares. Eles buscam consenso antes de ir adiante com suas pautas e querem sentir que os outros estão “com eles”, apoiando-os. Embora Seis Sociais gostem de estar envolvidos, eles muitas vezes tornam-se nervosos em relação à possuir posições de responsabilidade porque têm medo de terem de tomar decisões que os outros não irão gostar, perdendo assim seu apoio.  



Tradução: Ju